por Valter Nogueira - 4 anos atrás
Novo ministro; nova postura ante à crise sanitária
O governo do presidente Jair Bolsonaro parece, enfim, se render à ciência ante a força letal do novo Coronavírus, fato perceptível a partir das declarações do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Desde que assumiu o Ministério, Queiroga tem recomendado o que já era prescrito pelo médico Luiz Henrique Mandetta – primeiro ministro da Saúde do atual governo.
A receita do atual e do ex-ministro é simples: adoção de medidas preventivas, tais como isolamento social e uso de máscara, além de higienização pessoal. Tudo isso, agora, claro, com o incremento e celeridade da campanha de vacinação.
Em resumo, Marcelo Queiroga voltou recomendar tudo o que Bolsonaro era contra. O fato novo é que, diferente do que ocorreu com os seus antecessores, o ministro paraibano não foi, em momento algum, desautorizado em nada pelo chefe da Nação – que bom!
Em tempo – e para o bem geral da nação –, o presidente Bolsonaro parece ter aceitado um auxiliar que impõe condições – com conhecimento de causa –, vez que se trata de um médico que, antes de tudo, não abre mão da ciência e da técnica.
Novo tempo
A partir das declarações do novo ministro da Saúde, é possível vislumbrar o início de um novo tempo quanto à política nacional de enfrentamento ao novo e letal vírus (Covid-19). E, o que é melhor, o presidente Bolsonaro parece ter acatado a mudança de rumo proposta pelo médico Marcelo Queiroga.
Alto Preço
Antes tarde do que nunca, diz o ditado popular. Porém, a mudança tardia do presidente face à pandemia não é capaz de apagar o desgaste do chefe da Nação ante o posicionamento negacionista adotado por este, desde o início da crise sanitária. Prova disso é a queda de popularidade do presidente.
Mudança de Rota
Fontes de Brasília dão conta de que a orientação do Palácio do Planalto é, no momento, aproveitar a onda de credibilidade do novo ministro para tentar mudar a imagem desgastada do presidente Bolsonaro.
Não por acaso Marcelo Queiroga, em suas declarações, insiste em afirmar que é do governo, que é do presidente da República, e não do Ministro, a orientação da política de Saúde atual.
Balela, pois todo mundo sabe que, até ontem, o presidente adotava uma postura negacionista diante da maior crise sanitária enfrentada pelo país e pelo mundo. Na verdade, a nova política é um projeto formatado pelo ministro paraibano, sem o qual é impossível tirar o país da atual situação de calamidade em que se encontra.
E o presidente Jair Bolsonaro, abatido diante da incapacidade de lidar com a crise, teve que engolir a realidade de goela abaixo, sob pena de ser defenestrado do cargo antes do tempo.
Simples assim!