por Valter Nogueira - 3 anos atrás
Calçadão da Orla
Antes de decidir pela volta (ou não) do tráfego de veículos no Largo de Tambaú, a prefeitura de João Pessoa poderia se ater à formatação de um projeto de requalificação do Calçadão da Orla, ao menos no trecho entre as praias de Tambaú e Cabo Branco. E, no pacote, a padronização dos quiosques instalados na área.
Seria um ‘gol de placa’, por assim dizer, da gestão municipal.
No trecho em questão, há o que podemos denominar de ‘desorganização’, ou melhor, poluição urbanística e visual – se isso é possível dizer. Na área, é visível a desordem ante à forma de ocupação e à falta de padronização dos quiosques.
Devo dizer que o tema já foi tratado aqui, nesta coluna. Mas, penso que vale a pena trazer a questão à tona mais uma vez.
A propósito da “desordem”, a impressão que se tem é que, a cada mês, surge uma nova barraca (quiosque) no calçadão, o que tem formado um paredão ao longo do passeio público.
O “interessante” é que, em alguns pontos, os quiosques estão dispostos em ilhas com três unidades. Em outras áreas, têm ilhas com duas unidades e, mais à frente, é possível encontrar barracas isoladas.
Entre as novas construções, têm algumas que mais parecem restaurantes do que quiosques devido as dimensões e à sofisticação da obra.
Cantos & Encantos
A cidade de João Pessoa tem cantos e recantos que encantam – tenho dito e repetido isso em vários artigos referente à nossa Capital. O Centro é dono de uma riqueza arquitetônica ímpar; prédios, ruas, praças e logradouros belíssimos.
Todavia, nada pode competir com o ‘canto da sereia’, ou melhor, com a brisa e o azul do mar. Isto é, a cidade cresceu em direção ao litoral e, hoje em dia, a Orla da Capital é, de longe, o point da antiga Filipéia de Nossa Senhora das Neves.
Urge uma requalificação do local, um projeto urbanístico para a Orla. Acredito ser possível traçar um esboço que preze pela harmonia entre comércio e paisagem, entre edificações e espaços livres. Enfim, entre obra de pedra e cal e natureza.