por Valter Nogueira - 5 anos atrás
A palavra de João
Em tempo, o governador do Estado da Paraíba, João Azevedo, convocou a Imprensa para falar sobre a ‘Operação Calvário’. Primeiro, vale ressaltar a informação de que o governador não irá renunciar ao cargo, declaração dada pelo próprio chefe do poder Executivo, durante a entrevista coletiva. A notícia, de certa forma, restabelece o clima de governabilidade, vez que afasta dúvidas geradas a partir de boatos que davam conta da possível renúncia de Azevedo.
Como bem disse o governador – até o momento, e até prova em contrário – não há motivo para Azevedo renunciar.
O segundo ponto a ser destacado diz respeito ao anúncio da extinção definitiva de todos os contratos celebrados entre as Organizações Sociais e Governo do Estado da Paraíba, a partir de janeiro de 2020, seguindo um cronograma até fevereiro, de acordo com o término de cada contrato. Já era tempo, afinal os contatos firmados com as OSs foram forjados, ao que tudo indica, sob os pilares da corrupção.
O governador informou, também, que na fase de transição, ao final de cada contrato, a Secretaria de Estado da Saúde assume cada unidade hospitalar. O mais importante, não serão mais feitos contratos de emergência. E, ainda, nenhum serviço será interrompido, segundo garantiu o chefe do Executivo.
Política
É inegável que a Operação Calvário, embora seja assunto de polícia, tenha desdobramentos políticos. Afinal, o suposto esquema de corrupção foi formado pra desviar dinheiro público, na gestão do então governador Ricardo Coutinho. E, de acordo com o que foi revelado pela Operação, o esquema era comandando pelo ex-governador Coutinho, com a participação de ex-secretários de Estado.
No viés político, o governador João Azevedo se isentou de qualquer ato ilícito cometido pelos investigados na Calvário. Mais do que isso, previu que deverá sofrer retaliações por parte dos antigos aliados, hoje envolvidos na citada Operação.
De acordo com João, apesar disso ele se mantém com a consciência tranqüila de quem não pactuou com os atos dos antigos aliados.
Azevedo disse, ainda, não ter dúvida estar por vir um processo de vingança generalizada. Acredita que aqueles que foram identificados e presos na Operação não terão com Azevedo a mesma relação de cordialidade que tivera antes. Mas, enfatizou que tem a consciência tranqüila.