Câmara deve votar nesta quarta reforma política com Distritão e Fundo Partidário
Por Edmilson Pereira - Em 7 anos atrás 776
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou aos líderes nesta terça-feira (15) que vai votar nesta quarta (16) a reforma política. A ideia é começar a sessão às 9h da manhã. Primeiro, deverá ser votado um requerimento de quebra de interstício para que não haja o prazo de duas sessões entre a comissão e o plenário e que o texto comece a ser votado nesta quarta-feira.
Segundo interlocutores, a ideia é usar o rolo compressor para acabar logo para que seja garantida a aprovação do fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões para a campanha e o distritão. Na reunião, Maia disse aos parlamentares que o é preciso votar logo a PEC relatada pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP).
O líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL), disse que nenhum partido se opôs ao cronograma de Maia. Nos bastidores, a avaliação é que as críticas ao fundo e ao distritão vêm aumentando e que é melhor votar logo antes que as reações aumentem. Os políticos estão mais preocupados com o fundo eleitoral para financiar suas campanhas.
— O presidente colocou a pauta para amanhã. E ninguém se opôs — disse Arthur Lira.
O requerimento pedindo que quebra de intervalo entre a comissão, que encerrou hoje os trabalhos, e o plenário deverá ser apresentado pelo PMDB, na abertura da sessão. São necessários 257 votos para aprovar a quebra de intervalo.
A expectativa é que o texto principal da Proposta de Emenda Constitucional que cria o fundo eleitoral e o distritão para 2018 seja aprovado nesta quarta-feira, e alguns destaques fiquem para a semana seguinte. O PPS e PSB não concordam com a pressa, mas sabem que o requerimento deverá ser aprovado, porque todos os líderes hoje já estão se mobilizando inclusive para limpar a pauta do plenário.
— Temos que votar logo — disse o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), que estava na reunião.
— A pressa em votar me leva à conclusão que já há votos suficientes para se aprovar o distritão. Da nossa parte, não há acordo. Vamos votar contra o fundo — disse Alessandro Molon.
Fonte: O Globo