Caixa Econômica vai manter programa de renegociação de dívidas em 2020, diz Guimarães

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 643

A Caixa Econômica Federal vai continuar o programa Você no Azul. A ação, que possibilitou a renegociação de créditos comerciais para empresas e consumidores — como cheque especial, rotativo do cartão de crédito e empréstimo consignado — com descontos de até 90% sobre o total da dívida para liquidação à vista, é classificada como um sucesso pelo presidente da estatal, Pedro Guimarães.

No hotsite do programa, ainda não há informações sobre a continuidade do programa. “Aproveite esta oportunidade vigente até 31 de dezembro”, informa. Contudo, Guimarães garante a manutenção. “Três milhões de brasileiros tinham uma dívida há mais de um ano com a Caixa Econômica Federal. Muitas vezes consignado, cartão de crédito, cheque especial. O que nós fizemos? Ofertamos um desconto de até 90%. Destes 3 milhões de brasileiros, mais de 500 mil pessoas já fizeram sua renegociação. Nós vamos estender, foi um sucesso”, destacou.
Os próprios saques de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deram à Caixa a sinalização do comprometimento dos brasileiros em ficar no azul. “Muita gente utilizou o resgate do FGTS para pagar as dívidas. Isso é muito bom. Fico muito feliz quando pessoas que estão à margem da sociedade financeira (voltam ao sistema financeiro), porque o que é importante? As pessoas continuam com necessidades financeiras, só que ela vai pegar o dinheiro fora do mercado financeiro, a taxas, acreditem, de até 22% ao mês”, ponderou Guimarães.

Provisionamento

O presidente da Caixa destaca que, no Você no Azul, as renegociações são feitas a taxas entre 5% a 7% ao mês. “Ela (a pessoa) pega taxas altas, 5%, 6%, 7% ao mês, mas não é 22%. Então, para ser objetivo, continuaremos. É um programa que nos dá muito orgulho. Fizemos isso, também, com o crédito imobiliário, 600 mil famílias estavam com crédito imobiliário atrasado. 150 mil famílias deixaram de perder sua casa própria”, comemorou.
A renegociação de dívidas proposta pelo programa é uma ação onde todos ganham, sustentou Guimarães. “Por quê? Como a Caixa já tinha feito provisionamento integral, toda essa renegociação volta como lucro para a Caixa. Já fizemos a provisão integral, ou seja, perda total, e, quando temos essa negociação, além de ter uma volta para a sociedade, tem resultado positivo para a Caixa”, sustentou. “Deu certo porque a Caixa é o banco de todos os brasileiros, em especial os mais humildes”, acrescentou.