Brasil tem o melhor desempenho em Olimpíadas de toda história no Japão

Brasil tem o melhor desempenho em Olimpíadas de toda história no Japão

Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 824

Com investimento de R$ 950 milhões no ciclo olímpico estendido por causa da pandemia, de quatro para cinco anos (2017-2021), o Brasil bateu todos os recordes possíveis nos Jogos de Tóquio, terminando o evento na 12ª colocação geral.

Ganhou mais medalhas na soma geral do que as 19 do Rio, em 2016 — sete ouros, seis pratas e oito bronzes —, as atletas mulheres subiram ao pódio mais vezes do que as sete em Pequim-2008 e a quantidade de medalhas de ouro já havia sido igualada um dia antes do fim da Olimpíada: sete, como no Rio.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) deixa o Japão festejando a façanha e animado com as novas modalidades, como surfe e skate, de modo a ter planos ambiciosos vislumbrando a edição de Paris, daqui a três anos. O planejamento é de o Time Brasil mudar seu patamar na França e subir mais degraus no quadro de medalhas. Ao lado da Alemanha, em 1972, e da Grã-Bretanha, em 2012, o Brasil melhora seu desempenho depois de sediar uma edição olímpica. Não costuma ser assim.

Ao dinheiro investido da Lei Piva, Bolsa Atleta (governo) e patrocinadores, junta-se o talento de atletas dessas modalidades debutantes, cujos competidores são jovens, acima da média e com pelo menos mais dois ciclos olímpicos para cumprir, Paris e Los Angeles, em 2028.

O resultado mostra um crescimento do esporte olímpico brasileiro, que, nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, também conseguiu seu melhor desempenho ao ficar em segundo lugar no quadro de medalhas. Curiosamente, tanto a competição no Peru quanto os Jogos de Tóquio tiveram cobertura in loco do Olimpíada Todo Dia, que nasceu em setembro de 2016 e continua mostrando que não só veio para ficar como veio também para ser pé-quente.

Havia a expectativa do recorde de medalhas de ouro do Brasil ser quebrado. Na véspera, com as conquistas do futebol masculino, de Hebert Conceição, no boxe, e Isaquias Queiroz, no futebol, dia mais vitorioso da história do país em todos os tempos, o número de títulos olímpicos da Rio-2016 foi igualado. No último dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Brasil disputou duas finais, mas tanto Beatriz Ferreira, no boxe, quanto a seleção de vôlei feminino foram derrotadas e ficaram com a medalha de prata. Se tivessem vencido, a colocação final subiria apenas uma posição e o país teria terminado em 11.º.

Das 21 medalhas do Brasil, nove foram conquistadas por mulheres, outra marca histórica para a delegação brasileira. Além disso, Rebeca Andrade é a única atleta do país que conquistou mais de um pódio (prata no individual geral da ginástica artística e ouro no salto) na competição, tanto que foi homenageada sendo escolhida para ser a porta-bandeira na cerimônia de encerramento. Dos esportes, skate e boxe foram os mais premiados com três medalhas cada.

Outro motivo para comemorar é que o Brasil faturou medalhas em 13 modalidades diferentes, uma a mais do que na Rio-2016: atletismo, boxe, canoagem velocidade, futebol, ginástica Artística, judô,  maratona Aquática, natação, skate, surfe, tênis, vela e vôlei. Esse resultado deixa o Brasil em sexto lugar entre os países que mais medalharam em modalidades diferentes.

Feitos históricos:

Três medalhas de ouro no mesmo dia, canoagem, boxe, futebol em 7/8/2021

Rebeca Andradadeprimeira mulher com duas medalhas olímpicas na mesma edição

Martine Grael e Kahena Kunze (vela), bicampeãs olímpicas (consecutivo)

Futebol masculino, bicampeão olímpico

Isaquias Queiroz (canoagem), quatro medalhas olímpicas

Formiga (futebol), Robert Scheidt (vela), Rodrigo Pessoa (hipismo) e Jaqueline Mourão (ciclismo MTB), recorde de participações olímpicas (7)

Mais jovem medalhista olímpica do Brasil, Rayssa Leal (skate street), 13 anos

Mais velha medalhista olímpica do Brasil, Carol Gattaz (voleibol), 40 anosMedalhista em três edições seguidas: Mayra Aguiar (judô)

Confira as medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio:

Ouro

Ítalo Ferreira – Surfe
Rebeca Andrade – Ginástica Artística
Martine Grael e Kahena Kunze – Vela
Ana Marcela Cunha – Maratona Aquática
Isaquias Queiroz – Canoagem velocidade
Hebert Conceição – Boxe
Futebol masculino

Prata

Kelvin Hoefler – Skate Street
Rayssa Leal – Skate Street
Rebeca Andrade – Ginástica Artística
Pedro Barros – Skate Park
Beatriz Ferreira – Boxe
Vôlei feminino

Bronze

Fernando Scheffer – Natação
Bruno Fratus – Natação
Laura Pigossi e Luisa Stefani – Tênis
Thiago Braz – Atletismo
Alison dos Santos – Atletismo
Abner Teixeira – Boxe
Mayra Aguiar – Judô
Daniel Cargnin – Judô

Fonte: Paraíba Notícia