Bolsonaro demite o colombiano Vélez Rodriguez do ministério da Educação e anuncia novo titular da pasta
Por Edmilson Pereira - Em 6 anos atrás 1065
Confirmando que já vinha sendo especulado, o presidente Jairo Bolsonara (PSL), anunciou na manhã desta segunda-feira (08), a exoneração do colombiano Ricardo Vélez Rodriguez do cargo de ministro da Educação. A decisão foi anunciada por Bolsonaro (PSL) através de sua conta oficial no Twitter. O presidente também anunciou seu substituto: Abraham Weintraub.
Na última sexta-feira (05) Bolsonaro já havia sinalizado que poderia demiti-lo. A saída de Vélez é a segunda baixa no ministério em pouco mais de três meses de governo. Em fevereiro, Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência) foi demitido após entrar em rota de colisão com o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do presidente.
Neste mesmo período, o MEC já registrou nada menos que dezessete baixas em cargos de alto escalão. O ministério tornou-se o epicentro de um pandemônio no governo federal, com brigas ideológicas e projetos emperrados. Enfraquecido, Vélez passou a ser bombardeado por evangélicos, militares e partidos.
No segundo dia de governo, o primeiro “mal-entendido” acontecia no ministério: um edital que alterava as regras para compras de livros didáticos foi publicado. O documento previa que as obras não precisassem mais de referências bibliográficas e que erros eram permitidos. Também foram revogados itens que falava sobre a diversidade cultural brasileira e a violência contra mulheres.O edital foi anulado no mesmo dia que foi divulgado pela imprensa (9 de janeiro) e o ex-ministro culpou o governo anterior de Michel Temer (MDB).
Após a polêmica, Vélez exonerou o chefe de gabinete do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rogério Fernando Lot, e outras nove pessoas que ocupavam cargos comissionados no órgão.Após a polêmica, a série de exonerações começaram a acontecer. O economista Murilo Resende Ferreira foi indicado para o cargo de coordenador do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no dia 16 de janeiro e foi demitido um dia depois. Em cem dias do novo governo, o MEC já havia registrado dezessete baixas em cargos de alto escalão. Funcionários do ministério de médio e baixo escalões identificados como “petistas” também foram afastados.
Fonte: Redação e Revista Veja