ANS afirma que tratamento para atrofia muscular espinhal já tem cobertura obrigatória estabelecida na saúde suplementar
Por Edmilson Pereira - Em 4 anos atrás 679
A Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda. (Biogen), empresa de biotecnologia com foco em neurociência, informa que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula o mercado de saúde privado no Brasil, por meio de parecer técnico reiterou que o nusinersena já tem cobertura obrigatória para o tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) 5q. A próxima etapa no processo de atualização do Rol, é a realização de uma consulta pública na qual a sociedade de maneira em geral, poderá opinar sobre o parecer da agência. A consulta pública (CP) N°81 está disponível entre os dias 8 de outubro e 21 de novembro[1] no próprio site do órgão.
A revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS é realizada normalmente a cada dois anos[2] e torna público o direito assistencial dos beneficiários dos planos privados[3], como a inclusão de novas tecnologias em saúde e a definição de regras para sua utilização. A solicitação de incorporação do nusinersena foi proposta pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN), por intermédio de seus Departamentos Científicos e da Comissão de Exercício Profissional, em 4 de maio de 2019[4] e apresentou um amplo estudo científico sobre o medicamento. “O medicamento é capaz de gerar melhora em diversas medidas, algo que nunca seria esperado na história natural da doença, dada sua característica progressiva. O perfil de eficácia e segurança do nusinersena é fundamentado por um grupo robusto de evidências clínicas em AME, desde os estudos pivotais até dados de estudos de vida real[5]”, explica Deborah Azzi, gerente médica da Biogen. O nusinersena foi o primeiro tratamento medicamentoso disponível para a atrofia muscular espinhal, doença rara que afeta, aproximadamente, entre 7 a 10 bebês em cada 100 mil nascidos vivos[6], sendo a principal causa genética de morte de bebês e crianças de até dois anos de idade[7]. Atualmente, o medicamento é utilizado por mais de 11 mil pacientes em todo o mundo[8].
Com seu parecer técnico, a ANS corroborou o entendimento anterior, de 2019, ao afirmar que o nusinersena está coberto obrigatoriamente pelos planos novos e antigos adaptados com segmentação hospitalar (com ou sem obstetrícia) e referência, sendo desnecessária a sua inclusão ao Rol de 2019/2020. No relatório, a agência esclarece que “em conformidade com a alínea “d”, inciso II, do art. 12 da Lei nº 9.656/1998, o medicamento nusinersena é de cobertura obrigatória quando prescrito pelo médico assistente, para administração durante internação hospitalar, para indicação de uso prevista em bula, o tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) 5q[9]”. Em resumo, não há a necessidade de aguardar a finalização do processo ou a publicação do relatório final para utilizar o serviço.
“O relatório deixa claro que o medicamento já tem cobertura obrigatória vigente para pessoas com AME 5q. Isso mostra coerência da ANS ao reforçar seu posicionamento inicial, e reforça a oportunidade de tratamento para a comunidade de AME”, afirma explica Christiano Silva, gerente geral da Biogen no Brasil.
Conheça a atrofia muscular espinhal: A atrofia muscular espinhal é uma das mais de 8 mil doenças raras conhecidas no mundo. Se caracteriza por uma fraqueza progressiva, que compromete funções como respirar, comer e andar. No Brasil, ainda não há um estudo epidemiológico que indique o número exato de indivíduos afetados pela doença. A doença é classificada clinicamente em tipos (que vão do tipo 0 ao 4), com base no início dos sinais e sintomas e nos marcos motores atingidos pelos pacientes[10].
Sobre a Biogen
Na Biogen, nossa missão é clara: somos pioneiros em neurociência. A Biogen descobre, desenvolve e oferece terapias inovadoras em todo mundo para pessoas que vivem com doenças neurológicas e neurodegenerativas graves, assim como terapias sintomáticas relacionadas a essas doenças. Uma das primeiras empresas globais de biotecnologia do mundo, a Biogen foi fundada em 1978 por Charles Weissmann, Heinz Schaller, Kenneth Murray e pelos ganhadores do Prêmio Nobel Walter Gilbert e Phillip Sharp, e hoje possui o principal portfólio de medicamentos para tratar a esclerose múltipla, introduziu o primeiro tratamento aprovado para atrofia muscular espinhal, e está focada no desenvolvimento de programas de pesquisa em neurociência para esclerose múltipla e neuroimunologia, distúrbios neuromusculares, distúrbios do movimento, doença de Alzheimer e demência, oftalmologia, imunologia, distúrbios neurocognitivos, neurologia aguda e dor.