A economia da China e o efeito no mercado brasileiro em processo de deflação
Por Edmilson Pereira - Em 2 anos atrás 447
Nas últimas semanas, a Bolsa brasileira tem passado por uma forte recuperação, que se intensificou após a deflação de 0,68% em julho. Por aqui, a economia tem dado sinais de melhora, com o recuo da inflação abrindo o caminho para o fim da alta dos juros, o que tem contribuído para o bom desempenho do Ibovespa.
Apesar do otimismo doméstico, o cenário externo ainda é desafiador, principalmente para o principal parceiro comercial do Brasil: a China. A economia chinesa vem desacelerando nos últimos anos, processo que se intensificou após a pandemia do coronavírus.
O setor imobiliário chinês passa por uma crise sem precedentes, e agora outros setores da economia do país têm começado a apresentar resultados mais fracos.
Além da crise imobiliária, a política de covid zero do governo chinês tem contribuído para a desaceleração da atividade no país, uma vez que lockdowns têm sido implementados em importantes zonas industriais e comerciais da China.
Em julho, tanto a indústria quanto o varejo da China apresentaram desempenho abaixo do esperado. A produção industrial cresceu 3,8% na comparação anual, enquanto as vendas no varejo cresceram 2,7% no mesmo intervalo.
A desaceleração da atividade no gigante asiático tem provocado a desvalorização de uma série de commodities nos mercados internacionais, com destaque para o minério de ferro, que era negociado a US$ 104,53 na Bolsa de Dalian nesta segunda-feira (15).
Em resposta aos dados mais fracos do que o esperado, o Banco Central da China anunciou um corte da taxa de juros de referência em dez pontos-base, para 2,75%.
Com minério de ferro e petróleo em queda, o pregão desta segunda-feira (15) hoje promete ser desafiador para a Bolsa brasileira, que fechou em alta de 2,77% na sexta-feira (12), aos 112.764 pontos.
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Fonte: Paraíba Notícia com informações de Rafael Bevilacqua – Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante