Com mágoas de Eurico, artilheiro do Vasco em 2006 vive como morador de rua no RJ
Por Wamberto Ferreira - Em 7 anos atrás 876
Destaque do Vasco na Copa do Brasil de 2006, Valdiram atualmente vive uma situação dramática. Ex-jogador atualmente amarga a rotina de ser morador de rua em Bonsucesso.
“Já fiz a alegria de uma torcida. Tive o nome cantado no Maracanã. Hoje estou aqui, na marquise. Estou pagando caro demais”.
Há cerca de dois meses vivendo no bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, o ex-atacante de 35 anos segue desempregado e conta com a ajuda de quem se dispõe a lhe dar dinheiro.
Valdiram tem sua carreira marcada por problemas extracampo. Após, entre 2006 e 2011, perambular por 18 clubes, viu sua trajetória interrompida pela compulsão por sexo. Ele chegou a fazer parte da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, mas continuou a ter recaídas.
Seu clube mais recente foi o Atlântico-BA, em 2017, da onde saiu para tentar encontrar sua irmã em São Paulo. Depois de não ser recebido por ela, buscou uma chance no Bonsucesso, mas o clube recusou ajuda. Há rumores de que ele teria furtado colegas e funcionários em sua passagem.
Presidente do Vasco, Alexandre Campello lamentou a situação em que Valdiram encontra e prometeu que tentará achar uma forma de ajudá-lo. O ex-jogador viveu em um apartamento usado por outras pessoas sem casa, mas saiu pelo local não ter luz e ser frequentado por ladrões.
O artilheiro da Copa do Brasil de 2006 pelo Vasco não esconde mágoa com Eurico Miranda. Segundo ele, em 2013, o então mandatário teria recusado. Eurico afirma:
“Ajuda financeira nunca lhe foi negada. Agora, jogar no clube? Esquece. Não reunia condições. Lamento profundamente saber que chegou nessa condição. Mas, infelizmente, ele procurou essa situação”.
Além de ter passado por cirurgias nos joelhos, o ex-jogador perdeu seus documentos em um encontro com uma prostituta.
“Passei três anos numa dessas e, quando saí, caí nas drogas. Você acha mesmo que resolve?”
Em seguida, disse. “Preciso é de uma casa e trabalho. Posso dar aula numa escolinha. Aí, paro. Enquanto isso, bebo minha cachaça, o que posso pagar hoje em dia”.