Território Livre: TRE-PB manda PF devolver documentos apreendidos e material coletado no apartamento de Lauremília Lucena

Território Livre: TRE-PB manda PF devolver documentos apreendidos e material coletado no apartamento de Lauremília Lucena

Por Edmilson Pereira - Em 6 horas atrás 27

Sem entrar no mérito das investigações, das provas coletadas, do grau de envolvimento das pessoas denunciadas e que desfecho a operação terá, o fato é que nos últimos três dias, segunda (30), terça (01) e esta quarta-feira (02), o grupo político liderado pelo prefeito Cícero Lucena, candidato à reeleição como prefeito de João Pessoa obtebe sucessivas vitórias no âmbito da Justiça Eleitoral em relação a terceira fase da Operação Território Livre realizada no último sábado (28), que resultou na prisão da primeira dama, Lauremília Lucena e da secretária dela, Teresa Cristina.

Na segunda-feira (30),  a Justiça acatou  uma ação do juridico  de Lauremília  confirmando  que operação realizada realizada no apartamento de Cícero, no bairro de Intermares, foi ilegal.  Nessa terça-feira (01), a juíza Maria Fátima Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral de João Pessoa, converteu a prisão preventiva da primeira-dama de João Pessoa em medidas cautelares,  e nesta quarta-feira (02), o Tribunal Regional Eleitoral, em decisão unânime, acatou decisão  do desembargador Oswaldo Trigueiro do Vale Filho, relator do processo, determinando que o delegado da Polícia Federal proceda a devolução dos documentos apreendidos no apartamento do prefeito Cícero Lucena (PP) , resultado  do cumprimento de mandado de busca e apreensão contra a primeira-dama da Capital, Lauremília Lucena. Apenas os telefones de propriedade de Lauremília poderão ficar de posse dos investigadores da PF.

 

O  advogado Walter Agra, responsável pela defesa de Cícero, afirmou que a operação foi ilegal, pois não limitou-se a cumprir mandados apenas contra Lauremília.

 

“A decisão foi genérica. Foram arrecadados bens em seis envelopes. Todos os bens apreendidos foram encontrados no quarto de Cícero e Lauremília. Dá para separar o que é ou que é do outro?”, defendeu.

O advogado sustentou, ainda, que a Polícia Federal também requisitou autorização ao Tribunal Regional Eleitoral para cumprir busca e apreensão contra Cícero, mas o pedido foi negado.

O procurador-regional Eleitoral substituto, Djalma Gusmão Feitosa, afirmou que a questão de foto não se extende a imóveis ou a terceiros que tenham ligação direta com o detentor. Mesmo assim, ele apresentou parecer para manter apreendidos apenas os telefones de Lauremília.

“Não há prerrogativa de foto para imóvel. A garantia é ao cargo. Não é cabível a extensão a terceiros, sobretudo a imóveis e aqui falamos de um imóvel particular. A busca e apreensão foi dirigida a uma pessoa que não tem foro”, defendeu.

Foto: Divulgação