Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco defende desoneração da folha e afirma que vetos ao tema já foram derrubados em governos anteriores

Por Edmilson Pereira - Em 12 meses atrás 486

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta sexta-feira (24) a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia que mais empregam no país e que são responsáveis por nove milhões de empregos, após o presidente Lula vetar a prorrogação da medida até 2027. Pacheco lembrou que vetos presidenciais ao tema já foram derrubados em outros governos.

— Esse episódio do veto já aconteceu antes. Já foi objeto de veto em governo anterior e o Congresso Nacional derrubou. Obviamente, o veto do presidente Lula vai ter um caminho próprio. Mas o que eu posso afirmar é que o sentimento do Congresso é que a desoneração é algo positivo para o país — disse.

Parlamentares se movimentam para derrubar o veto de Lula na próxima sessão do Congresso, que ainda precisa ser marcada por Pacheco.

A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal de empresas que são intensivas em mão de obra, de 20%, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Essa troca reduz custos com contratações para atividades como têxtil, calçados, construção civil, call center, comunicação, fabricação de veículos, tecnologia e transporte. Se o veto do presidente não for derrubado, a medida terminaria no fim deste ano.

Pacheco também se disse aberto a ouvir a proposta citada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de entregar um projeto exclusivamente sobre o tema. O presidente do Senado destacou que os 17 setores beneficiados são aqueles que mais geram emprego formal no país.

— A desoneração da folha de pagamento tem uma razão de ser. Ela não é um beneficiário ao acaso, o país precisa gerar emprego. O impacto reduzido da oneração previdenciária gera empregabilidade. O que se tem é uma prorrogação daquilo que já existe, não é uma isenção nova. Uma desoneração que já existe para 17 setores de alta empregabilidade, muitos deles empregam jovens no primeiro emprego. Já houve uma ampla maioria na aprovação desse projeto.

Fonte: Jornal O Globo

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