Ministério da Previdência quer redução nos juros cobrados pelos bancos de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas do INSS
Por Edmilson Pereira - Em 2 anos atrás 489
O Ministério da Previdência vai colocar em pauta na próxima segunda-feira, em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, a redução dos juros do crédito consignado do INSS Instituto Nacional do Seguro Social.
O conselho reúne representantes de governo, aposentados, trabalhadores e empregadores. A queda nas taxas vem sendo defendida pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Para o ministro, por se tratar de um crédito com baixo risco de inadimplência, seria possível diminuir o patamar cobrado.
Há duas modalidades, empréstimo pessoal e cartão de crédito consignado. Os juros estão limitados a 2,14% ao mês no caso do empréstimo pessoal e 3,06% ao mês para o cartão.
O segurado pode comprometer até 45% do benefício, 35% com empréstimo pessoal.
O empréstimo pode ser pago em até 84 meses, o que dá sete anos.
A Previdência afirma a decisão de redução vai depender de articulação no CNPS, mas diz que, conforme o ministro vem afirmando, “os juros atuais são altos para os riscos contidos na modalidade de consignado, já que há a garantia do pagamento descontado em folha do beneficiário”.
Atualmente, há cerca de 17 milhões de benefícios com contratos ativos de empréstimo consignado, segundo a Previdência.
A Força Sindical, que tem representante no conselho, afirma que irá cobrar “uma drástica redução das taxas” na reunião. A central entende a taxa atualiza é “proibitiva”, e seria uma “verdadeira extorsão”.
Os cálculos da central são de que, no ano, as taxas do consignado ultrapassam o atual percentual da Selic (taxa básica de juros da economia), que está em 13,75% e tem sido motivo de embate entre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: Paraíba Notícia com Folha de São Paulo