Edmilson Pereira

por Edmilson Pereira - 2 anos atrás

De duas a três xícaras por dia: Ingestão de café é associada à redução de morte por insuficiência cardíaca e AVC

Beba café e viva mais. É o que diz um estudo publicado na revista da Sociedade Europeia de Cardiologia. Os benefícios para a saúde cardiovascular encontrados pelos autores não se limitam à cafeína: a versão descafeinada também foi associada à redução da incidência e morte por doenças como insuficiência cardíaca congestiva e acidente vascular cerebral (AVC).
Segundo o estudo, que inclui dados de 449.563 pessoas acompanhadas por 12,5 anos, o consumo moderado da bebida, seja moída ou instantânea, pode ser aliado de um estilo de vida saudável.
O estudo, do Instituto Baker de Pesquisas sobre Diabetes e Coração de Melbourne, na Austrália, é observacional, ou seja, não aponta uma relação de causa e efeito. Porém, os autores destacam que a associação encontrada é forte e afirmam que ajustes estatísticos garantiram o papel específico da bebida no risco reduzido de doenças cardiovasculares e mortalidade precoce por todas as causas.
“Os resultados sugerem que a ingestão leve a moderada de café moído, instantâneo e descafeinado deve ser considerada parte de um estilo de vida saudável”, diz Peter Kistler, autor do estudo.
Segundo Kistler, há poucas informações sobre o impacto de diferentes preparações de café na saúde geral e, especificamente, do coração.
No trabalho, os pesquisadores estudaram a associação entre as variantes da bebida e a incidência de doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas usando dados do UK Biokank, do Reino Unido, referentes a pessoas de 40 a 69 anos.
No início do estudo, nenhum dos participantes tinha arritmia ou outras enfermidades cardiovasculares. Eles preencheram um questionário perguntando quantas xícaras de café tomavam por dia e se costumavam ingerir a bebida instantânea, moída ou descafeinada.
Os cientistas, então, os agruparam em seis categorias de consumo diário: nenhuma, menos de uma, uma, duas a três, quatro a cinco e mais de cinco xícaras.
No total, 100.510 (22,4%) da amostra se declarou não bebedora, servindo como grupo de comparação.
A variedade instantânea foi a mais citada (44,1%), seguida de moída (18,4%) e descafeinada (15,2%).

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