E a menor concentração de espermatozoides, de 49 milhões, ainda está bem acima da faixa considerada “normal” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – entre 15 milhões e 200 milhões de espermatozoides por mililitro.
Sarah Martins da Silva, especialista em medicina reprodutiva da Universidade de Dundee, na Escócia, não envolvida no estudo, disse que o estudo mostrou que a taxa de declínio na contagem de espermatozoides dobrou desde 2000. “E realmente não sabemos o porquê”, acrescentou ela.
“A exposição à poluição, plásticos, tabagismo, drogas e medicamentos prescritos, bem como estilo de vida, como obesidade e má alimentação, foram todos sugeridos como fatores contribuintes, embora os efeitos sejam mal compreendidos e mal definidos”, completou. Outros especialistas disseram que o novo estudo não resolveu seu ceticismo sobre a pesquisa de 2017.
“Continuo preocupado com a qualidade dos dados nos artigos que foram publicados, particularmente no passado distante”, em que se baseia a análise, disse Allan Pacey, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido.
Embora elogiando a “metanálise muito elegante”, Pacey disse acreditar que “simplesmente melhoramos” na difícil tarefa de contar espermatozoides, o que pode explicar a queda nas taxas. Mas Sarah, da Universidade de Dundee, rejeitou as críticas aos resultados do estudo, dizendo que “os números e as descobertas consistentes são difíceis de ignorar”, acrescentou.
Fonte: Agência France Press
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