Morte do radialista Ivanildo Viana custou R$ 75 mil teve a participação de três ex-policiais e foi um crime de encomenda

Morte do radialista Ivanildo Viana custou R$ 75 mil teve a participação de três ex-policiais e foi um crime de encomenda

Por Wamberto Ferreira - Em 7 anos atrás 852

A morte do radialista paraibano Ivanildo Viana, assassinado no dia 27 de fevereiro de 2015, às margens da BR 101, ao sair do trabalho, na rádio Líder FM de Santa Rita (PB),  em 2015, custou R$ 75 mil pagos em dinheiro. Foi o que revelou, nesta terça-feira (29), o delegado de Homicídios de Santa Rita, Carlos Othon, durante entrevista coletiva realizada na Central de Polícia, para explicar a Operação Sintonia, dedicada ao caso. O delegado revelo que mesmo desvendando todo o esquema montado para a realização do crime, não se sabe ainda quem foi o mandante.

“As investigações continuam porque não se avançou até o mandante do crime. Por isso não temos como falar em motivação porque a motivação para a morte do radialista está atrelada a quem mandou. Não descartamos qualquer linha de investigação, mas por enquanto é o que podemos falar”, disse o delegado.

Durante a coletiva, Carlos Othon revelou que não foi detectado nas investigações qualquer ameaça a Ivanildo. “Checamos o celular, redes sociais e não foi constatado que ele estivesse sofrendo ameaça de morte”, garantiu.

A Polícia Civil sabe que o suspeito em articular a morte de Ivanildo foi o ex-policial militar Arnóbio Fernandes. Ele teria recebido o valor de R$ 75 mil para realizar o serviço. Conforme o delegado, Arnóbio teria entrado em contato com Erivaldo Batista e Olinaldo Vitorino, também ex-policiais, e também com Eliomar Brito (vulgo Má) que teriam sido os responsáveis em contratar Francisco das Chagas (vulgo Cariri), Valmir Ferreira (vulgo Cobra) e Célio Martins, responsáveis pela execução do crime.

De acordo com o delegado, Eliomar e Erivaldo já estavam presos, um no Róger e o outro no Sílvio Porto, presídios de João Pessoa. Já Olinaldo estava cumprindo semiaberto do presídio de Bayeux, na região metropolitana. Na semana passada, Arnóbio Fernandes chegou a ser detido por porte ilegal de arma e se encontra no 5º Batalhão da Polícia Militar.

Dos envolvidos, apenas Célio Martins ainda está solto, mas os advogados dele garantiram que o apresentariam nos próximos dias. Nesta terça, os policiais civis prenderam, dentro da Operação Sintonia, Valmir Ferreira, Francisco Chagas e Olinaldo Vitorino. Eles aguardam a audiência de custódia que ainda não tem data para acontecer.

Quatro suspeitos estavam em um Gol Rallye de cor branca e um outro em uma moto vermelha na frente do local de trabalho de Ivanildo. Ao sair do trabalho, ele foi seguido até a BR-101.

No caminho, um dos passageiros do carro desceu e subiu na garupa da moto. Ele é apontado pela polícia como o responsável por efetuar os quatro disparos que atingiram o radialista. Ele morreu no local.

Redação e Portal Correio