Ramiro Sousa assume comando técnico do Botafogo após saída de Ademir Fonseca

Ramiro Sousa assume comando técnico do Botafogo após saída de Ademir Fonseca

Por Elison Silva - Em 7 anos atrás 910

Ocupando a oitava colocação na tabela de classificação do Grupo A da Série C do Campeonato Brasileiro, com a mesma pontuação do Moto Club-MA, primeiro time na zona de rebaixamento, o Botafogo-PB efetivou Ramiro Sousa como treinador do clube nas duas últimas rodadas da fase de grupos da competição, substituindo Ademir Fonseca, que se desligou do clube na manhã desta segunda-feira (28).

Com histórico de ter jogado no clube e trabalhado nas categorias de base do clube, Ramiro é muito querido dentro da Maravilha do Contorno e também pelos torcedores botafoguenses. Ele falou sobre a oportunidade de assumir o comando da equipe, mesmo em uma situação tão desfavorável.

– Quem veste essa camisa tem que estar pronto. É uma camisa vitoriosa. O momento que nós passamos não é bom. Na sexta-feira temos esse compromisso, temos que vencer, os atletas tem que estar imbuídos com este propósito. Vejo uma oportunidade (de assumir o comando do clube). Quando ela é dada, você tem que abraçar e dar o máximo. Faltam poucos dias para fechar a competição, e vamos fechar da melhor maneira possível, deixando o Botafogo-PB na Série C – garantiu.

Com apenas doze dias para trabalhar, quando enfrentará ASA-AL e Sampaio Corrêa-MA, Ramiro disse que não faltará esforço para tirar o Belo desta situação complicada. Além disso, ele já conversou com os jogadores e pediu empenho para que o time consiga evitar o rebaixamento para a quarta divisão nacional.

– Sou muito trabalhador, muito mesmo. Se tem alguém que trabalha pelo clube dia e noite sou eu. Pedi aos atletas para dar o sangue. Todos tem que ser sua parcela. O atleta sempre tem que ter garra, vontade de vencer, e eles estão com este propósito, já que não temos mais chances de classificação – disse.

Em 2015, também em situação complicada, Ramiro Sousa assumiu o comando do Botafogo-PB na nona rodada da Série C – a princípio de forma interina, mas ficou até o fim da competição, levando o time ao sexto lugar na tabela -, substituindo Roberto Fonseca, que durou pouco tempo no clube quando veio para substituir Marcelo Vilar, que havia passado mais de dois anos dirigindo a equipe. Apesar das coincidências, o treinador admite que a fase atual é bem mais difícil que a vivida dois anos atrás. O time soma nove derrotas na fase de grupo, sendo oito nas últimas nove partidas.

– Nunca passei por uma situação assim. Tenho 30 e poucos anos de Botafogo-PB, e na minha vida aqui, nunca aconteceu. O momento é delicado, o que passou não volta mais, mas temos dois jogos para evitar um desastre ainda maior. Eu vou dar minha vida. Precisamos dar o nosso máximo – falou.

Quem também deu entrevista foi o diretor executivo de futebol, Sérgio Prado. O profissional disse não ter explicação para a queda de rendimento do time nesta Série C.

Quando bateu o Confiança-SE fora de casa, quebrando um tabu de quase dois anos sem vencer na Série C fora do Almeidão, o Belo estava no G4. Agora, com a derrota para o próprio Dragão em João Pessoa, o time está à beira do Z2.

– Não podemos aceitar que a mesma equipe, contra o mesmo adversário, no mesmo campeonato, saia de uma situação de favorito para disputar o rebaixamento. Não estamos entendendo, pois a diretoria tem feito sua parte, os atletas tem se empenhado. É uma situação que ninguém nunca passou. Temos que tomar uma atitude para poder mudar. É uma situação inaceitável. Fizemos esta alteração (no comando), e até o jogo (contra o ASA-AL) tem que dar o gás dia e noite – afirmou.

Finalmente jogando a toalha quanto a possibilidade de classificação para a próxima fase, Sérgio quer foco total do clube nas duas últimas rodadas da Série C.

Quanto ao fato de ver outros adversários do estado adiantando o planejamento para 2018, ele assegurou que isso não influi em nada no Botafogo-PB, que tem que estar comprometido em, primeiro, evitar o rebaixamento.

– A realidade do acesso é impossível. Temos que ser realistas ao ponto de sair do rebaixamento nestas duas semanas. O planejamento de 2018 não precisa ser feito agora, não temos cabeça. Tudo que viemos fazendo ao longo dos anos não pode ser perdido. A cabeça agora é na permanência – concluiu.

Fonte: vozdatorcida.com