Morre em Curitiba o historiador e pastor Josué Sylvestre
Por Edmilson Pereira - Em 4 anos atrás 900
Morreu nesta terça-feira (22), em Curitiba (PR), o historiador e pastor Josué Sylvestre, que fez carreira acadêmica e teve militância política, por muitas décadas, em Campina Grande (PB).
Josué era natural de Carpina, interior de Pernambuco. Silvestre tinha 83 anos e enfrentava problemas decorrentes da diabetes.
Escritor, jornalista e historiador, foi diretor do Senado Federal. Pertencia à Associação Nacional de Escritores, à Academia Evangélica de Letras do Brasil (Rio de Janeiro), à Academia de Letras de Campina Grande, ao Instituto Histórico e Geográfico de Campina Grande.
Ficou famoso com obras sobre fatos e personagens da História de Campina Grande e da Paraíba, entre os quais Nacionalismo e Coronelismo; Da Revolução de 30 à queda do Estado Novo; Tempo de rir; Meio século de vida pública sem mandato ou com? Fatos e personagens da história de Campina Grande e da Paraíba (1950-2000).
O ex-senador e também ex-prefeito de Campina Grande, Cássio Cunha Lima usou suas redes sociais para lamentar a morte de Josué Silvestre, de quem era amigo e grande admirador.
- A morte de um amigo, sepulta um pedaço da nossa história. Sobretudo, quando esse amigo é um memorialista e historiador. Josué Sylvestre, cristão antes de tudo, jornalista, intelectual, o acadêmico, sempre foi a memória viva da política paraibana, uma de suas maiores paixões, após a família e os amigos. Doce, afável, afetuoso era companhia sempre agradável e presença constante nas nossas vidas. Campanha eleitoral sem a presença dele não vivenciei. Conselheiro e orientador zeloso em todos os instantes. Tive o privilégio de receber dele amor paterno. Exemplar como esposo e pai. Gostávamos de sentar à mesa para refeições, sempre antecedidas pelo louvor a Deus pelo alimento, e seguida de longo e bom papo. A presença de Josué me trazia uma agradável sensação de amparo e segurança. Sim, foi arrimo e esteio durante toda a minha trajetória. Um vazio toma conta do meu coração. Como disse Nelson Rodrigues: “A morte de um velho amigo é uma catástrofe na memória. Todas as nossas relações com o passado ficam alteradas.” É assim que me sinto agora. Minhas condolências a família e amigos.
Fonte: Paraíba Notícia com informações da Associação Nacional dos Escritores