por Valter Nogueira - 4 anos atrás
Donald Trump; presidente de um mandato só
Como previsto, a derrota de Donald Trump era questão de tempo. A democracia americana não tolera aspirantes a ditador. O povo americano chegou a apostar, cinco anos atrás (eleição-2016), no que parecia o novo, naquele que prometia milagres, mas que, apenas, transformou o bordão “America first” em espetáculo midiático.
O mesmo povo que elegeu Trump, ao menos a maioria, percebeu, em pouco tempo, que tinha colocado no poder uma pessoa desequilibrada, o que veio à tona a partir dos destemperos e rompantes de psicopatia do presidente ora defenestrado da Casa Branca.
Não deu outra, o eleitor esperou quatro anos para dar resposta nas urnas – Joe Biden venceu; Trump perdeu!
Ao que tudo parece, Trump recebeu o castigo merecido. Ele provou do próprio veneno da arrogância; amargou uma derrota acachapante. Mais do que isso, viu partidários republicanos darem as costas.
De garoto mimado a jovem arrivista, foi um pulo. A biografia de Trump revela uma pessoa acostumada a passar por cima de todos para alcançar os seus objetivos, muitas das vezes lançando mão de práticas não republicanas; por vezes, subornou pessoas e puxou o tapete de outras para auferir lucros e “vitórias”.
Insucesso
Trump tentou, sem sucesso, convencer seus simpatizantes de que houve fraude nas eleições – o ladrão acha que todo mundo rouba; quem disso usa, disso cuida.
Tempo de espera
Ao longo do tempo, muitos americanos inconformados com as artimanhas e peripécias de Trump pensaram que Deus não existia; que as maldades de Trump nunca teriam fim.
A estes, o senhor da razão pode lembrar que o tempo de Deus é diferente do tempo dos homens. Ou, ainda, que a Justiça tarda, mas não falha. E que, acima das atitudes humanas, há a justiça divina.
Queda
O declínio de Trump foi tão meteórico quanto a sua ascensão. A queda do “mito” americano chegou ao cidadão Donald Trump na pior hora possível, no mais inoportuno momento de sua vida; perdeu a reeleição para presidente da maior potência do mundo. Foi derrotado publicamente, quedou ante holofotes da imprensa mundial.
Biden; vitória certificada
O Congresso Americano, em sessão conjunta no Capitólio na madrugada dessa quarta para esta quinta-feira (7), oficializou o democrata Joe Biden como vitorioso na eleição para presidente dos Estados Unidos.
A sessão é a última etapa formal do processo eleitoral, e marca o fracasso de todas as manobras do presidente Trump de mudar o resultado eleitoral. Joe Biden teve os 306 votos que ganhou no Colégio Eleitoral confirmados, contra 232 de Trump.
Por ironia do destino, o anúncio da vitória de Biden foi feito pelo atual vice-presidente americano, Mike Pence, que presidiu a histórica sessão do Congresso de modo protocolar.
Bola de Cristal
Não sou vidente, nem tenho bola de Cristal. Porém, nas primeiras atitudes arrogantes de Trump percebi que ele era presidente de um mandato só.