HUMANIZAÇÃO: Presidente da Unimed JP destaca desafios vencidos com planejamento e inovação tecnológica nos primeiros meses de gestão
Por Edmilson Pereira - Em 4 anos atrás 519
As palavras de ordem do anestesiologista Gualter Ramalho à frente da gestão Unimed João Pessoa são “inovação” e “humanização”. Há quatro meses no cargo de presidente do Conselho de Administração (Conad), ele destaca que uma das bandeiras da Cooperativa é acolher em vez de combater e que tudo vem sendo feito com muito planejamento. “Estamos investindo em profissionalização, modernização, inclusão digital e atenção primária. Vamos incluir tudo isso ao longo da gestão”, informa.
O trabalho teve início em meio à pandemia do novo coronavírus, mas Gualter Ramalho destaca que estar preparado foi a chave para os bons resultados já alcançados. “Mostramos, com tão pouco tempo, que é possível prestar serviço de excelência, agregar valor, melhorar a entrega e todos nós saímos dessa situação, como de outras quaisquer, de forma mais intensa, forte, solidária, mais humana. E é esse o conceito do grupo”, declara.
Na entrevista que segue, Gualter Ramalho conta como foi feita e estratégia para lidar com a covid-19 e manter o atendimento de excelência nos demais setores do Hospital Alberto Urquiza Wanderley sem deixar de lado o acolhimento humanizado.
Foi possível pensar em algo além do coronavírus nesses primeiros meses da gestão?
Com certeza, porque começamos o planejamento antes. Durante o processo eleitoral, já tínhamos planejamento para 90 dias. Os primeiros dias não foram fáceis. Mas, aos poucos, conseguimos dividir nossa atenção entre a pandemia e a gestão e pudemos contar com consultorias importantes, além de agregarmos um time de craques. Receber mais de 82% dos votos nos motivou ainda mais a enfrentar os desafios que vinham pela frente. E começamos a trabalhar logo após a publicação do resultado das urnas. Era hora de entender o que já tinha sido feito, o que faltava fazer e o tempo era curto. O que queremos dizer para o mercado é que chegamos. Chegamos para fazer. Temos hoje executivos na área financeira, na estratégia, no “compliance”, no controle de indicadores, nas compras. A Unimed João Pessoa está se posicionando no mercado, cada vez mais, como balizadora, líder e esse time vem para formar um momento diferente e deixar legado.
Nossas prioridades são baseadas nos cinco objetivos da campanha: modernização da gestão, inclusão digital, Atenção Primária à Saúde, Ecossistema Unimed e Remuneração Médica. Em 120 dias, já conseguimos fazer muito com base nessa lista de prioridades, mas sabemos que ainda temos muito a fazer. Contratamos profissionais com perfil técnico e ajustamos o “tamanho da máquina”, o que ajudou a agilizar a implementação das medidas. Queremos devolver ao médico o orgulho de ser cooperado da Unimed João Pessoa e entregar aos nossos clientes a melhor experiência possível. Hoje, já somos um porto seguro para quem mais e precisa e uma referência em todo o Brasil. Mas, estamos apenas começando. E com o apoio dos médicos cooperados, vamos ainda mais longe.
Como foi enfrentar a gestão de uma instituição de saúde durante uma pandemia?
Um amigo me disse que pandemia separa o homem do menino. Outros dizem que tempos difíceis atraem homens fortes e homens fortes promovem tempos fáceis. São ciclos da vida. Cheguei com muita tranquilidade, entendi que vim para um chamado. Encarei a missão dessa forma, com planejamento. E os resultados estão à vista, superiores aos de grandes centros como São Paulo, e com conhecimento para compartilhar com o Brasil inteiro. O primeiro passo foi criar o Núcleo Estratégico de Enfrentamento à Covid-19, que tem feito um trabalho brilhante. Esse time elaborou e colocou em prática as medidas que deram certo, com a criação do duplo fluxo no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, garantindo que clientes com covid-19 e outros com patologias diferentes fossem atendidos com total segurança. Outra medida importante foi transformar o Hospital Moacir Dantas em referência para pediatria. Com essa mudança, valorizamos o médico cooperado e o nosso cliente ao mesmo tempo. Buscar parcerias com órgãos como a prefeitura de João Pessoa, o governo do Estado, o Ministério Público e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) também foi fundamental para enfrentar esse momento. Consolidamos as relações institucionais com transferência de tecnologia.
Reunimos um grupo de aproximadamente 30 PHDs para pensar como iríamos tocar o projeto, que foi sendo refinado, e tivemos o cuidado de firmar parcerias. Esses PHDs universitários respiram ciência e trouxemos para a prática o conhecimento deles: fomos o primeiro hospital do Norte e Nordeste a utilizar o plasma convalescente no tratamento da covid-19, o primeiro e único com cateter nasal de alto fluxo, tomografia de bioimpedância elétrica, implantamos a teleconsulta e passamos a usar robô no atendimento no Hospital Alberto Urquiza Wanderley… Conseguimos implantar uma série de inovações em menos de três meses. O talento a gente faz em casa e tenho o mérito de reunir pessoas com a credibilidade de professor, vida laborativa e intensa participação na saúde. Esse legado atraiu pessoas boas e qualificadas, que estavam escondidas e algemadas. Tiramos as algemas e deixamos todo mundo sonhando. Só quero reforçar o agradecimento às instituições que têm sido grandes parceiras da Unimed João Pessoa, a exemplo das já citadas anteriormente.
Houve perda de clientes por causa da pandemia?
Houve perda, mas vendemos mais do que perdemos. Implantamos um canal de vendas on line e realizamos ações de marketing que proporcionaram resultados excelentes, principalmente quando consideramos o cenário. Em junho, por exemplo, aumentamos em 50% o número de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Mesmo na pandemia, e com a perda progressiva relacionada às demissões nos planos coletivos de pequenas e médias empresas, com a situação muito crítica do ponto de vista financeiro, conseguimos ajustar e apresentar dados superavitários.
Fonte: Paraíba Notícia e Assessoria de Comunicação