Aprovado projeto da deputada Camila Toscano que assegura leito separado para mulheres que sofreram aborto ou cujo bebê nasceu sem vida

Aprovado projeto da deputada Camila Toscano que assegura leito separado para mulheres que sofreram aborto ou cujo bebê nasceu sem vida

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 764

A Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou, na terça-feira (26), durante Sessão Itinerante o projeto de lei da deputada estadual Camila Toscano (PSDB), que determina à rede privada de saúde a oferta de leito separado para mulheres que sofreram aborto ou cujo bebê nasceu sem vida ou veio a óbito logo após o parto.

“A dor inimaginável de chegar em casa de braços vazios não é a única vivia por mulheres que dão à luz bebês mortos no Brasil. O luto e o estresse são sérios fatores que ajudam a aumentar o sofrimento de mães que tiveram a experiência de terem filhos natimortos. O atendimento diferenciado por parte dos hospitais a essas mães é de fundamental importância para que ela tenha a dor do luto amenizada”, justificou

O projeto de lei nº 368 de 2019 estabelece que as unidades de saúde privada devem oferecer tratamento diferenciado às parturientes de natimorto e às com óbito fetal, com acomodação em área separada das demais mães. Um projeto de conteúdo semelhante para as unidades de saúde pública já existe e virou a Lei 11385. “Por isso sentimos a necessidade de que a lei também chegasse aos hospitais particulares”, comentou Camila.

Para ela, a gravidez é um momento muito esperado na vida das mulheres, marcado pelo amor em relação à vida que está por vir. Assim, Camila defendeu que o atendimento diferenciado é um fator essencial para saúde psicológica das mães de natimorto.

“O atendimento diferenciado por parte do hospital a essas mães é de fundamental importância para que elas tenham a dor do luto amenizada. Os profissionais da área de saúde devem compreender essa realidade e a dificuldade desse momento para as mães e dar o suporte necessário para minimiza o seu sofrimento. Em muitas maternidades, mães que acabaram de fazer o parto de um filho natimorto são colocadas junto com outras mulheres que tiveram bebês saudáveis e, não raro, precisam repetir aos profissionais do próprio hospital, que ele faleceu”, explicou.

Conforme o PL, as mães também devem ser encaminhas pela própria unidade de saúde, para acompanhamento psicológico, quando solicitado ou constatado a necessidade. “O apoio psicológico deve orientar a mãe no momento da despedida de seu filho, é fundamental que os profissionais que estão assistindo essa mãe auxiliem na elaboração dessa perda”, disse a parlamentar.