QUEIMADAS: Aviões da Força Aérea decolam em Rondônia e iniciam combate aos incêndios na Amazônia
Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 1145
O governo federal iniciou as ações para combate à devastação. Dois aviões da Força Aérea , cada um deles com capacidade de transportar 12 mil litros de uma mistura de água e produtos químicos, decolaram ontem em Porto Velho (RO), uma das cidades com maior foco de incêndios.
Também foram designados para reforçar o combate aos incêndios florestais a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, situada em Porto Velho, a Delegacia Fluvial de Porto Velho e o Centro Regional de Vigilância (CRV), órgão pertencente ao SIPAM, também situado em Porto Velho.
Até o início da tarde, requereram apoio e foi autorizado pelo presidente da República o emprego de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos estados de Rondônia, Roraima, Tocantins e Pará. Foram locados na região mais de 43 mil integrantes das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), que deverão atuar conforme a demanda, em coordenação com órgãos de controle ambiental e de segurança pública.
Segundo informações do Ministério da Defesa, um helicóptero do Ibama já havia decolado de Cuiabá para apoiar as ações em Porto Velho, na manhã da sexta-feira (23). Neste sábado, quatro aeronaves de combate a incêndio da ICMBio foram enviadas ao estado de Rondônia. No domingo, a Força Aérea Brasileira transportará, de Brasília para Porto Velho, 30 bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública aos locais das queimadas.
Além de Rondônia, Roraima, Tocantins e Pará , há expectativa de que slicitações para o emprego da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) sejam feitos por parte dos governos do Acre e de Mato Grosso cheguem nos próximos dias.
Não há previsão de envio de homens das Forças Armadas de outros estados para a Amazônia Legal. O efetivo a ser usado é aquele que já atua na Região Norte. Para as ações nas proximidades de Porto Velho, há a possibilidade de emprego de 400 homens, segundo o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Uma entrevista coletiva na manhã deste sábado reuniu Azevedo e Silva, Salles e o tenente brigadeiro Raul Botelho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
— Não vamos levar tropa efetiva daqui para lá. Em Porto Velho, há a sede da Brigada de Infantaria de Selva, com cerca de 700 homens. Dependendo do planejamento, pode-se usar cerca de 400 homens. É suficiente – disse o ministro da Defesa. — É importante a adesão dos governos estaduais, senão vamos ficar limitados às áreas federais, que são as Unidades de Conservação e e as terras indígenas.
O discurso foi corroborado por Salles:
— É importantíssima a participação dos estados. Enfrentamos até agora muita dificuldade com esse suporte estadual. Agora isso se torna ainda mais importante.
Ainda segundo Azevedo e Silva, além dos Estados Unidos, Chile e Equador já se dispuseram a ajudar nas ações, mas ainda não houve movimentos concretos . Ele disse que a conversa entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente dos EUA, Donald Trump, ficou no nível da “intenção”. A previsão é que a primeira ação de combate ao foco sob a coordenação das Forças Armadas aconteça às 16h30m deste sábado, com o uso de uma aeronave do modelo C-130.
Ao todo, seis aviões e um helicóptero foram deslocados para Rondônia. Também foram levadas para o centro da crise 18 pessoas para cuidar da comunicação social. O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, disse que “a área de comunicação é muito importante nesse momento que estamos vivendo”.
Fonte: Redação com o Globo