OPINIÃO: A proatividade das instituições de ensino superior e técnico – esse é o caminho
Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 926
Parabéns para o Reitor da UFCG, Professor Vicemário Simoes, porquanto ao invés de choramingar e ameaçar fechar as portas da universalidade, concordou com a iniciativa do MEC e assegurou que a sua instituição estar apta a utilizar da parceria público privada!
A maioria das universidades federais e institutos de educação estão habituados a aguardar os repasses do tesouro; A proatividade na busca de alternativas que propiciem angariar recursos para novas pesquisas e até mesmo pela até então apresentadas pelo corpo de pesquisadores não é o forte da grande maioria dos atuais gestores.
E por conta dessa postura de inércia dos gestores das instituições superiores ou técnicas é que tem entrado em colapso, mormente, no tocante a pesquisa e a extensão.
Não existe condições de se manter o “status quo” do cofre aberto do tesouro nas condições atuais, o estado é deficitário, encontra-se. O vermelho, e mantém o mesmo nível de repasse constituirá numa irresponsabilidade fiscal do atual Presidente da República;
O tamanho da máquina pública precisa diminuir e na educação no pode ser diferente; É preciso que se entenda que a educação é formada de vários níveis e o tesouro não pode bancar todos os níveis em sua integralidade; A fonte secou e a maioria do gestores ideologizados, segundo a cartilha de que o estado pode tudo, começam a gritar e espernear com as medidas de contingenciamento implementadas pelo governo federal.
Não há neste momento oportunidade para gestores sem criatividade, que ao invés de promover oportunidades, se conformam com inexistência de produto que possa trazer um retorno, inclusive econômico para a instituição que se propôs a gerir; Inexiste qualquer mandamento constitucional ou legal que diga que a instituição terá única e exclusivamente um papel social.
É dever dos Magníficos Reitores correr atrás de recursos do setor privado para bancar parte das despesas com a pesquisa, bem como, orientar que pesquisas que recebam a atração da iniciativa privada; Somente assim, a sociedade poderá se libertar de pesquisas que não tem nenhuma receptividade e retorno econômico para o nosso país, particularmente, quando elas agridem o senso comum, a moral e os bons costumes.
Aliás existem pesquisas do corpo docente e, fortemente, do corpo discente, que vão de encontro a moral da sociedade brasileira assim como a ética que deve orientar as condutas da academia.
Portanto, louvar a iniciativa do Ministério da Educação com o lançamento do Programa Future-se que flexibiliza a autonomia financeira das Universidades Federais e dos Institutos de Educação, como também, ao Magnífico Reitor da Universidade Federal de Campina Grande pela adesão ao programa e a concordância em absorver recursos privados para tocar projetos de pesquisa dentro daquela instituição superior de ensino.
Rômulo Montenegro (advogado, produtor rural, mestre em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Doutorando em Direito Civil pela Univerdad Del Museo Social da Argentina)