Bolsa quebra novo recorde, sobe 3% na semana, e Planalto comemora

Bolsa quebra novo recorde, sobe 3% na semana, e Planalto comemora

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 1021

O governo do presidente Jair Bolsonaro está em festa. A despeito de o chefe do Executivo não ter feito nada para a aprovação da reforma da Previdência — na verdade, atrapalhou bastante o andamento do projeto —, o Palácio do Planalto está comemorando os consecutivos recordes quebrados pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

O Ibovespa, principal índice de lucratividade do pregão paulista, encerrou essa sexta-feira (05) nos 104.089 pontos, com valorização de 0,44%. Foi o terceiro recorde seguido. Na semana, a Bolsa teve alta de 3%, refletindo a euforia dos investidores com a aprovação da reforma da Previdência na Comissão Especial.

A expectativa dos investidores é de que a Câmara aprove a reforma em plenário antes do recesso, que começará em 18 de julho. A euforia é tamanha, que, mesmo que os deputados votem a reforma somente em primeiro turno, não haverá estresse. O importante é que o processo ande e. na volta aos trabalhos do Legislativo, em agosto, a fatura seja liquidada.

Dólar e juros

Na esteira da valorização do Ibovespa, o mercado já dá como certo a redução da taxa básica de juros (Selic) na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom). As apostas nos contratos futuros de juros indicam 100% de chances de a Selic cair 0,25 ponto percentual, dos atuais 6,50% para 6,25% ao ano.

A diretoria do BC admite o corte dos juros para estimular a economia, que está flertando com a recessão, mas condiciona a flexibilização monetária à aprovação da reforma. O BC precisa ter um discurso de comprometimento com a responsabilidade fiscal. A reforma da Previdência, como se sabe, é fundamental para o equilíbrio das contas públicas.

No mercado de câmbio, o dólar subiu 0,47% nesta sexta, para R$ 3,82 na venda, contudo, mas semana, recuou 0,57%, o que é visto como um alívio. O dólar só não caiu mais porque o fluxo de recursos estrangeiros para o país está negativo em mais de US$ 5 bilhões, como mostram as estatísticas do Banco Central.