Reforma da Previdência: Governador João Azevêdo viaja a Brasília para reunião com Rodrigo Maia

Reforma da Previdência: Governador João Azevêdo viaja a Brasília para reunião com Rodrigo Maia

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O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), viajou a Brasília para um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quarta-feira (26). Ele integra o grupo de gestores que vão pedir ao mandatário da Casa a inclusão de estados e municípios na Reforma da Previdência. O entendimento dos gestores é o de que a exclusão dos entes federados fará com que as mudanças não surtam o efeito esperado. As consequências dos déficits previdenciários nos Estados acabarão chegando ao Planalto. Na capital federal, ainda pela manhã, haverá uma reunião prévia entre os gestores para afinar o discurso que será usado no diálogo com Maia.

Os deputados federais voltaram a discutir o relatório da reforma na comissão especial. Foi o terceiro dia de debates, um total de 25 horas de discursos. A sessão foi encerrada com 45 deputados por falar. Mas o presidente confirmou que na quarta-feira (26) vai concluir e deixar tudo preparado para iniciar a votação. Depois de uma reunião com os líderes dos partidos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que é possível reincluir estados e municípios na reforma ainda na comissão especial. Maia admitiu até adiar a votação da reforma na comissão para a semana que vem caso seja feito um acordo com os governadores.

“Até amanhã os governadores estarão aqui, a gente espera alguns deles, não todos, outros a gente tem conversado por telefone, para que a gente possa incluir o custo, o peso do déficit previdenciário dos estados, principalmente cresce muito rápido, dobra a cada quatro anos e isso no final acaba batendo aqui no caixa da União. É melhor ter um pouco de paciência, o ideal é votar essa semana, se não essa semana no máximo na próximo terça-feira, mas, claro, o adiamento só vale apenas se a gente tiver clareza que tem um espaço para negociar essa matéria com os governadores e com os prefeitos”, disse.

O déficit da Previdência também foi debatido no Supremo Tribunal Federal numa audiência sobre conflitos envolvendo questões fiscais entre estados e municípios. O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que, sem a reforma, o Brasil não sairá da crise. “O que for aprovado no Congresso Nacional vai evitar um crescimento expressivo com gasto com Previdência. O gasto com Previdência não vai cair. Se vocês me perguntarem: a reforma que está no Congresso Nacional, se for aprovada, mesmo com aquela economia de dez anos de R$ 1 trilhão, R$ 900 bilhões, R$ 800 bilhões, isso significa que ao longo dos próximos dois, três, quatro anos o estado brasileiro vai recuperar sua capacidade de investimento? A resposta, muito simples, é não”, disse Mansueto.

Assessoria/Governo do Estado