Edmilson Pereira

por Edmilson Pereira - 6 anos atrás

APNEIA: Mulheres roncam, mas têm dificuldade de admitir o problema

Um novo estudo, divulgado no fim de abril no “Journal of Clinical Sleep Medicine”, mostra que o ronco feminino está sub-representado. O pior é que esse é o sinal mais comum de apneia obstrutiva do sono, que é uma parada respiratória. Quando ocorre repetidamente, reduz a oxigenação do sangue, o que pode causar danos ao organismo. O levantamento foi feito com 1.913 pacientes em torno dos 50 anos. Ao longo de dois anos, eles realizaram o exame de polissonografia, que diagnostica distúrbios do sono. Todos receberam um questionário no qual deveriam dar uma nota que representasse a severidade do seu problema. Os pesquisadores compararam as conclusões das polissonografias com a autoavaliação feita pelas pessoas e ainda acompanharam uma noite dos participantes, para ter suas próprias medições.

Os resultados mostraram que 88% das mulheres roncavam, embora apenas 72% reconhecessem que o faziam. Entre os homens, quase não havia diferença entre os que assumiam o ronco (93%) e os que efetivamente apresentavam o quadro (92.6%). Contrariando o senso comum, verificou-se que elas roncam tão alto quanto eles. No grupo de mulheres que nem sequer se descreviam como roncadoras, 36.5% produziam barulho muito alto!

Na escala de ruídos, um ronco leve fica entre 40 e 45 decibéis; o moderado vai de 46 a 55; o severo, de 56 a 60; enquanto o muito severo está acima de 60. Houve praticamente um empate entre os sexos: na média, as mulheres chegavam a 50 decibéis e, os homens, a 51.7 decibéis – o som equivalente ao de uma conversa, ou seja, o suficiente para atrapalhar o sono de quem está ao seu lado.

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