MATA-MATA: Rússia elimina Espanha nos pênaltis e vai às quartas
Por Edmilson Pereira - Em 6 anos atrás 829
O domingo de Copa do Mundo começou com um duelo emocionante entre Espanha e Rússia no estádio Lujniki, em Moscou. Após um empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, a definição ficou para as cobranças de pênaltis, onde a anfitriã se deu melhor graças ao seu goleiro Ankinfeev, que defendeu duas cobranças e garantiu as donas da casa nas quartas de final da Copa do Mundo.
Logo no começo da primeira etapa, o zagueiro Ignashevich marcava Sérgio Ramos num cruzamento para a área e acabou marcando contra a sua própria meta. Ainda no primeiro tempo, Piqué acabou vacilando e batendo a mão na bola dentro da área. A arbitragem assinalou o pênalti e Dzyuba empatou a partida, resultado que persistiu até o final dos 120 minutos.
Nos pênaltis, todos os cobradores russos converteram, enquanto os meias Koke e Thiago Aspas acabaram desperdiçando as suas penalidades, garantindo a classificação russa pra próxima fase. Com a classificação assegurada, a expectativa agora é para a partida desta tarde, quando Croácia e Dinamarca duelam para saber quem avança para as quartas de final do torneio.
O jogo
A partida teve um inicio bem parecido com o que era esperado para o jogo. Com muita técnica espalhada pelo lado espanhol, a equipe tinha total posse de bola e procurava espaços na forte defesa russa, formada por uma linha de cinco defensores mais quatro meio-campistas a frente da área.
Para conseguir chegar dentro da área, a Espanha precisou esperar o momento certo. A primeira oportunidade para colocar a bola dentro da área ocorreu a partir de uma falta ocorrida na ponta direita do campo. Na cobrança, Asensio tentou achar Sérgio Ramos na segunda trave. A marcação sobre o defensor era feita por Ignashevich, que para tentar impedir a subida do capitão espanhol ficou de costas para o lance. Após uma queda dos dois jogadores a bola bateu no calcanhar do marcador russo e morreu no fundo do gol abrindo o placar cedo para a Fúria.
Após o gol o prognóstico da partida mudou muito pouco. A Espanha seguia com uma posse de bola muito superior que a das donas da casa, no entanto os passes espanhóis eram muito pouco objetivos. Por outro lado os russos não eram tão pressionados na defesa após sofrer o primeiro gol, mas também não incomodava na frente quando raramente tinha a bola.
Aos 35 minutos, a Rússia chegou pela primeira vez no gol com perigo. Após boa troca de passes ofensiva, a bola sobrou na ponta direita com Golovin. A finalização do meia, no entanto, passou rente a trave esquerda de De Gea.
O lance parece ter animado os russos, que tentaram pressionar a Espanha nos minutos finais, Aos 39 minutos, a bola foi jogada na área espanhola após uma cobrança de escanteio pelo lado direito. Pelo alto, o ataque russo vence a disputa e vê Pique resvalar o braço na bola. O árbitro nem precisou do auxílio de vídeo para marcar a penalidade. Na cobrança, Dzyuba tirou bem de De Gea e empatou a partida.
Nos cinco minutos finais a Espanha seguiu com maior posse de bola, só que não era mais uma posse pouco objetiva. Numa pressão final, a bola acabou chegando para Diego Costa na ponta direita da área. O atacante finalizou forte porém viu o goleiro Akinfeev fazer boa defesa e impedir o gol pouco antes do intervalo.
A segunda etapa começou com o mesmo ritmo que encerrou o primeiro tempo. Com uma posse de bola bastante superior, a Espanha agora buscava agredir a defesa adversária com os seus toques rápidos. No entanto a defesa russa estava bem postada e conseguia proteger bem a meta do goleiro Akinfeev.
No entanto a troca de passes não gerava nenhum tipo de perigo a meta adversária. A dificuldade para entrar na área era muito grande. Para tentar mudar esse prognóstico, o técnico Hierro optou pela entrada de Iniesta no meio de campo espanhol.
Mesmo com a entrada do ex-jogador do Barcelona a dificuldade para criar uma jogada clara de gol era enorme. A melhor chance de todo o segundo tempo saiu apenas aos 39 minutos, quando Iniesta decidiu arriscar de primeira da entrada da área para uma linda defesa de Akinfeev. No rebote, Thiago Aspas acabou errando a finalização do rebote.
Com o empate persistindo no placar, a partida seguiu para ser decidida na prorrogação. E partida seguia com o ataque contra defesa feito pela seleção espanhola sobre a Rússia. Tentando de todas as formas penetrar na área adversária, as melhores chances construída pela Fúria partiam mesmo de chutes de fora da área. Aos 09 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Asensio finalizou da entrada da área e exigiu uma nova boa defesa do goleiro russo.
No inicio da segunda etapa, o brasileiro naturalizado espanhol Rodrigo fez uma linda jogada pela direita. Após realizar um lindo drible de corpo, o camisa 9 entrou na área e chutou forte, obrigando o goleiro Akinfeev fazer mais uma linda defesa. No rebote, Carvajal veio chutando de primeira, mas a bola passou por cima do gol.
Com o apito final do árbitro, a decisão da vaga para as quartas de final foi decida nos pênaltis. Enquanto todos os russos converteram (Smolov, Ignashevich, Golovin, Cheryshev), a Espanha acertou apenas três penalidades (Iniesta, Piqué e Sérgio Ramos) e dois erros, com Koke e Thiago Aspas.
FICHA TÉCNICA
ESPANHA X RÚSSIA
Local: Estadio Luzhnikí, em Moscou (Rússia)
Data: 1 de julho de 2018 (Domingo)
Horário: 11h (de Brasília)
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Assistentes: Sander Van Roekel (HOL) e Clement Turpin (HOL)
Gols: Espanha: Sergei Ignashevich, contra, aos 11 minutos do primeiro tempo. Rússia: Dzyuba, de pênalti, aos 40 minutos do primeiro tempo
Cartões: Piqué (Espanha) Kutepov e Zobnin (Rússia)
Pênaltis:
Espanha: Iniesta, Piqué, Sérgio Ramos (certos) Koke e Thiago Aspas (errados)
Rússia: Smolov, Ignashevich, Golovin, Cheryshev (certos)
ESPANHA: David de Gea, Nacho Fernández (Carvajal), Gerard Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Koke Alcântara, Marco Asensio (Rodrigo), David Silva(Iniesta) e Isco; Diego Costa (Thiago Aspas)
Técnico: Fernando Hierro
RÚSSIA: Akinfeev; Ignashevich, Kutepov e Kudriashov; Mario Fernandes, Samedov (Cheryshev), Zobnin, Kuziaev (Erokhin), Golovin e Zhirkov (Granat); Dzyuba (Smolov)
Técnico: Stanislav Cherchesov.