TRANSPOSIÇÃO: MPF cobra obras de esgotamento sanitário, drenagem de canais urbanos em Monte Horebe, São José de Piranhas e Cajazeiras
Por Edmilson Pereira - Em 7 anos atrás 782
O MPF quer ainda que, antes da liberação do bombeamento, o ministério assegure que as intervenções de recuperação e adequação das barragens São Gonçalo, Engenheiros Ávidos, Coremas e Mãe D’Água, que compõem o projeto da transposição no eixo norte, tenham sido efetivamente implementadas.
O Ministério Público Federal recomendou também, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que não conceda licença de operação ao empreendimento enquanto não atestado o cumprimento de condicionantes da Licença de Instalação n. 925/2013. A previsão é que o início do bombeamento da água ocorra até o próximo mês de dezembro.
Aesa e Ana – O MPF em Sousa expediu recomendação à Agência Estadual de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e à Agência Nacional de Águas (ANA) para que procedam fiscalização nas obras que estão ocorrendo nas quatro barragens do Sertão, a fim de verificar se a situação dos açudes e das intervenções realizadas obedecem ao Plano Nacional de Segurança de Barragens, bem como para informar a categoria de risco e dano potencial em que os reservatórios se enquadram.
Dnocs – Outra recomendação expedida pelo Ministério Público Federal foi ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O MPF quer que o órgão apresente o Plano de Segurança das quatro barragens, em 20 dias, cumprindo o que dispõe a Lei n. 12.334/2010.
Justificativa – O procurador da República em Sousa, Eliabe Soares da Silva, que assina as recomendações, informa que os problemas constatados na execução das obras do Projeto de Integração do São Francisco (Pisf) nos eixos leste e norte são similares, de modo que ensejam providências de mesma natureza, reforçando a necessidade de unidade de atuação do MPF no estado.
“A intenção é alinhar a atuação das unidades do MPF na Paraíba, considerando que as medidas adotadas pela Procuradoria da República em Monteiro são exemplares em seu desiderato de exigir dos órgãos e instituições envolvidas no Pisf medidas que assegurem a segurança das pessoas que residem no entorno das barragens abrangidas pelo projeto, bem como garantam, além da qualidade da água que será usada pelas populações beneficiadas, o respeito a normas constitucionais voltadas à proteção do meio ambiente”, declarou o membro do MPF em Sousa.