Próximo de completar dois meses da prisão, amigos e aliados do ex-presidente Lula o aconselharam a pedir transferência para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), mas o presidiário mais ilustre de Curitiba refutou a ideia.
“Não por avaliar que o presídio fosse inadequado, mas porque, ao fazer qualquer solicitação, estaria admitindo a condenação imposta pelos juízes da Lava Jato”.
O Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, é a penitenciária mais heterogênea do Paraná. Dividem o mesmo espaço de cerca de 8 mil metros quadrados os presos da Operação Lava Jato e escândalos estaduais (Quadro Negro, Diários Secretos), policiais militares e civis já condenados, cerca de 300 homens que respondem a medidas de segurança em função de distúrbios mentais, cadeirantes, idosos, comuns (em sua maioria muito pobres) e mulheres grávidas, sob ordens do diretor Jefferson Walkiu, personagem principal do filme “A Gente”, do cineasta curitibano Aly Muritiba.