Bispo de Formosa (GO) é preso por suspeita de ligação com esquema de desvios de R$ 2 milhões de dízimos e doações
Por Edmilson Pereira - Em 7 anos atrás 999
Dom José Ronaldo, bispo da Diocese de Formosa, em Goiás, preso nesta segunda-feira (19), na Operação Caifás – missão conjunta do Ministério Público do Estado e da Polícia Civil -, sob suspeita de desvios de R$ 2 milhões de dízimos e doações de fiéis, foi ordenado no dia 5 de maio de 1985, em Brasília.
Há onze anos, foi nomeado bispo de Janaúba. Recebeu a ordenação episcopal no dia 28 de julho de 2007, em Sobradinho (DF), e tomou para si o lema ‘In corde legem meam’ (‘Minha lei no coração’ (Jr. 31, 31-34).
Nomeado 4º bispo diocesano de Formosa aos 24 de setembro de 2014. Tomou posse na Sé Diocesana de Formosa no dia 22 de novembro daquele ano.
Além do bispo, a Operação Caifás prendeu quatro padres, um monsenhor, um vigário-geral e dois funcionários do setor de administração da Cúria. Ao todo, a missão conjunta do Ministério Público e Polícia Civil de Goiás cumpriu 13 mandados de prisão e dez de buscas em três municípios – Formosa, Planaltina e Posse.
A investigação teve início em denúncias veiculadas pelo jornal goiano O Popular, em dezembro.
Dom José Ronaldo tomou posse pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Sobradinho, no dia 1.º de junho de 1985.
Nascido em 28 de fevereiro de 1957, em Uberaba (MG), ele iniciou o 1.º Grau na cidade mineira e concluiu em Brasília, onde também fez o 2.º Grau. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima, em Brasília.
Segundo as investigações, o religioso teria adquirido carros de luxo, uma fazenda para criação de gado e uma casa lotérica com recursos de dízimos e doações desde, pelo menos, 2015.