DESCONFIANÇA: Com quem irá ficar o prefeito Luciano Cartaxo nas eleições 2018, com Cássio ou com Ricardo?

DESCONFIANÇA: Com quem irá ficar o prefeito Luciano Cartaxo nas eleições 2018, com Cássio ou com Ricardo?

Por Edmilson Pereira - Em 7 anos atrás 1074

Depois de ter anunciado no final da semana passada, o que não aconteceu pelo fato de Luciano ter viajado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), vice-presidente do senado Federal e líder maior do tucanato paraibano, finalmente conseguiu conversar , neste sábado (10), com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), com a missão de demover o chefe do Executivo da Capital a rever a decisão de desistir em concorrer ao mandato de governador nas eleições de outubro, pela oposição. Tentar, o senador até que tentou, mas não conseguiu convencer Cartaxo de desistir da decisão publicamente anunciada no dia no dia 1º deste mês de março.

E por que Cássio não conseguiu convencer o prefeito pessoense a rever sua decisão? Não conseguiu porque Luciano simplesmente não confia mais nas lideranças de oposição que estiveram juntas, com ele, na disputa pela prefeitura de João Pessoa, em 2016, quando o mesmo era franco favorito, tanto que venceu a eleição no primeiro turno, contra a principal concorrente, a hoje secretária de Desenvolvimento Humano do Estada, Cida Ramos, candidata apadrinhada pelo governador Ricardo Coutinho, que perdeu a disputa para Luciano nos pleitos de 2012, com a atual deputada Estela Bezerra, e 2016 com Cida Ramos.

O teor da conversa entre o senador Cássio e o prefeito Luciano Cartaxo não foi divulgado por nenhum dois e o que tem sido divulgado até agora é mera especulação. Foi dito, por exemplo, que o prefeito pessoense, se mantém firme em não recuar e ir até o final do seu mandato à frente da prefeitura pessoense, mas prometeu caminhar com a oposição no pleito deste ano, o que não acredito.

Luciano desistiu porque perdeu, inicialmente, o apoio do senador José Maranhão, que lançou-se na disputa, subtraindo votos da oposição e, consequentemente, fortalecendo o candidato do Palácio da Redenção, o secretário João Azevedo, e também pelas articulações de bastidores que indicavam um forte movimento para fazer do senador Cássio Cunha Lima o candidato oposicionista, inclusive, com argumentos de que o atual vice-presidente do senado conseguiria convencer Maranhão desistir para apoiá-lo, o que seria impossível em favor de Luciano. Junte-se ainda o fato da desconfiança sobre o vice-prefeito Manoel Júnior, de quem se dizia nos bastidores que o mesmo ao assumir a prefeitura romperia a aliança, a partir de mudanças no corpo de auxiliares , com a exoneração dos indicados e mais próximos do prefeito Cartaxo.

Com todo esse cenário de desconfiança, o prefeito Luciano optou por continuar na prefeitura, com a promessa de cumprir o mandato até o final de uma gestão que se encerra em dezembro de 2020. Chateado, aborrecido, desconfiado, difícil acreditar que Cartaxo recue e volte a se recompor com aliados, que de forma clara, conspiraram contra ele. Diante disso, também fica difícil crê que o prefeito de João Pessoa se jogue de braços abertos no agrupamento político liderado pelo governador Ricardo Coutinho, que até a semana passada vinha trabalhando para destruí-lo politicamente, com denuncias de desvios de recursos públicos, no caso mais específico da Lagoa do Parque Solon de Lucena, criação de CPIs, e com um exército literalmente armado para detonar a sua gestão.

Na condição de uma das principais lideranças políticas paraibanas, no momento, a pergunta que se faz é: o prefeito Luciano se recompõe com os que diz ter perdido a confiança ou com os que até bem pouco tempo eram seus principais opositores e tentavam destruí-lo politicamente e administrativamente? Neutro o prefeito Cartaxo não ficará e terá que optar por um desses dois agrupamentos, numa convivência, digamos, cheia de desconfiança, mas na política é assim, o que vale é o PODER.