PR - PRISÃO/TRANFERÊNCIA/SÉRGIO CABRAL - POLÍTICA - O ex-governador do Rio de Janeiro,   Sérgio Cabral, chega ao Instituto   Médico Legal (IML) de Curitiba (PR), na   manhã desta sexta-feira, 19, para   realizar exame de corpo de delito. Ele   foi transferido ontem, 18, da Cadeia   Pública José Frederico Marques, no   bairro de Benfica, no Rio. Cabral será   levado para o Complexo Médico-Penal em   Pinhais, na região metropolitana da   capital paranaense. O complexo é uma   penitenciária de regime fechado e com   finalidades médicas e abriga vários   presos da Operação Lava Jato, como o   ex-presidente da Câmara dos Deputados,   Eduardo Cunha, o ex-vice-presidente da   Câmara, André Vargas, e o ex-tesoureiro   do PT, João Vaccari Neto.   19/01/2018 - Foto: GIULIANO GOMES/PR PRESS/PAGOS

Ex-governador Cabral é condenado pela 5ª vez, e penas somam 100 anos

Por Edmilson Pereira - Em 7 anos atrás 891

O ex-governador do RJ Sérgio Cabral (MDB) foi condenado, nesta sexta-feira (02), a 13 anos e 4 meses de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

É o 5º processo que resulta em condenação de Cabral na Justiça Federal, este pelo crime de lavagem de dinheiro. Nos outros quatro processos anteriores, Cabral já havia sido condenado a 87 anos de prisão no total.

Somadas, as penas agora chegam a 100 anos de prisão em cinco processos: quatro com Bretas, no Rio, e um com o juiz Sérgio Moro, no Paraná (veja mais abaixo as condenações de Cabral).

De acordo com o juiz Marcelo Bretas, a culpa de Sérgio Cabral “se mostra bastante acentuada”. Para o magistrado, o ex-governador é o principal idealizador do esquema de lavagem de dinheiro revelado a partir da operação Calicute, deflagrada em novembro de 2016, quando Cabral foi preso.

“A magnitude de tal esquema impressiona, sobretudo pela quantidade de dinheiro movimentado. Especificamente no caso dos autos, foram “lavados” mais de R$ 4 milhões em apenas 5 operações de compra de joias. Não bastasse isso, a lavagem de dinheiro que tem como crime antecedente a corrupção reveste-se de maior gravidade, por motivos óbvios, merecendo o seu mentor intelectual juízo de reprovação mais severo”, escreveu Marcelo Bretas em sua decisão.

Foram condenados nesta sexta-feira (02):
Sérgio Cabral, ex-governador do RJ: 13 anos e 4 meses de prisão
Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador: 10 anos e 8 meses de prisão
Carlos Miranda, operador de Sérgio Cabral: 8 anos e 10 meses de prisão
Luiz Carlos Bezerra, chamado de “homem de mala” do ex-governador: 4 anos de prisão

Na avaliação do juiz Bretas, Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama do RJ, teria sido a “principal beneficiária da lavagem de dinheiro”. De acordo com o magistrado, a mulher de Cabral adquiriu uma quantidade de joias que chegam a R$ 4,5 milhões.